Uma só
Uma só, apenas mais uma. Sem muita importância, sem muito significado, descartável, facilmente trocável. Apenas uma só.
Em minha mente o mantra é repetido “Apague-se, se torne ninguém. Apague seus rastros, ninguém se importa.”
Essa é sem dúvida a melhor coisa a se fazer. Se eu não existo, logo eu não sinto, portanto não posso ser ferida por duas simples palavras.
Mas a medida em que o mantra é repetido o vazio aumenta, se expande a partir do meu peito. Toma conta de cada membro meu. Me empurra pra baixo. Me deixa perdida na escuridão dessa casca vazia e fria.
Em meio a cegueira duas palavras ressoam.
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