Amora
Amora
Ela tinha a mania de destruir todos os brinquedos que eu dava pra ela. Ela literalmente comia eles. E não ficava só nos brinquedos não, era sapatos, chinelos, minhas meias, até mesmo os talheres que a gente esquecia em cima da mesa.
De madrugada ela acordava e ia pra cozinha, dava pra escutar ela colocando as patas sobre a mesa ou a pia, a procura de alguma coisa que ela pudesse comer ou brincar.
O despertador da minha mãe tocava todo dia as 6h e antes dele tocar ela já estava acordada sentada do lado da cama da minha mãe esperando a hora de comer. E quando o meu tocava as 7h ela ficava louca de felicidade. Quando eu abria a porta do meu quarto ela vinha correndo. Sentava do lado de fora do banheiro me esperando.
Todo dia quando eu chegava em casa depois do trabalho, ao abrir a porta ela literalmente se mijava de tanta felicidade. E ainda por cima pulava em mim. Eu trancava ela do lado de fora pra poder limpar a bagunça que ela fez com alguma roupa ou sacola que encontrou pelo caminho. Isso quando não destruía algum sapato meu.
Ela era minha protetora. Não deixava ninguém estranho chegar perto de mim, nem mesmo perto do portão. Ela latia tanto e parecia tão feroz. Mas por dentro era um amorzinho. Ela adorava carinho na barriga. Toda vez que eu fazia ela ficava paradinha aproveitando e me olhando.
Quando íamos caminhar ela ficava tão feliz. Chegava a dar pulos e mais pulos e saia na frente correndo a mil e me puxando junto.
Ela foi muito guerreira. Era tão novinha e passou por tanta coisa. Eu deveria ter te dado mais atenção, mais carinho. Mas saiba que eu te amei demais meu amor e eu sinto mto a sua falta. Você era a minha companheira.
Mamãe te ama Amora e sempre vai te amar.
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